Leitura: Mateus 22:1-10
Vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=eyVrOjjycE8
Na parábola anterior Jesus deixa claro para os religiosos judeus o que eles estão prestes a fazer: matar o filho do dono para ficar com o vinhedo. Agora, no capítulo 22 do evangelho de Mateus, ele mostra outro aspecto dessa rejeição. O filho assassinado na parábola anterior reaparece como um príncipe em seu casamento.
O rei manda seus servos distribuírem os convites para a festa de seu filho, mas os convidados não querem ir, apesar do rei avisar que tudo já está preparado. Não era preciso fazer coisa alguma, bastava aceitar o convite. Os convidados preferem cuidar de seus próprios negócios, e alguns chegam até a maltratar e matar os servos do rei.
Irado, o rei envia seu exército para destruir a cidade e aqueles assassinos. Depois diz aos servos para saírem pelas ruas e convidarem todas as pessoas que encontrarem, de boa ou má reputação, porque o banquete já está preparado. O salão fica cheio de pessoas totalmente desqualificadas, mas que aceitaram o convite.
João Batista e os discípulos de Jesus convidaram os judeus para desfrutarem da benignidade de Deus, mas estes recusaram. Eles não apenas mataram João, mas pregaram o próprio Filho de Deus numa cruz. Mesmo após a morte e ressurreição de Jesus, por algum tempo o convite permaneceu literalmente em pé.
No capítulo 7 do livro de Atos dos Apóstolos você encontra Estevão mais uma vez convidando os judeus a crerem em Jesus. Antes de ser apedrejado, ele vê os céus abertos e Jesus em pé à direita de Deus. Jesus ainda não tinha se sentado em seu trono, como se aguardasse por um arrependimento de última hora dos judeus, que acabou não acontecendo.
No ano 70 o exército romano destruiu e queimou Jerusalém, exatamente como acontece com a cidade da parábola. Com a rejeição dos judeus Deus passou a tratar com uma outra classe de pessoas. Os judeus eram, por assim dizer, os privilegiados, os socialities, cujos nomes estavam na lista de convidados. A lista foi rasgada e agora o convite é feito a qualquer um, sem discriminação. Qualquer um mesmo!
Para você imaginar esta parábola aplicada aos dias de hoje, pense numa festa de casamento do herdeiro do maior milionário do país, para a qual são convidados ladrões, traficantes, prostitutas, viciados... todo tipo de gente. Imagine uma fila de ônibus parando no lugar mais barra pesada da cidade e anunciando: "Pessoal, boca livre pra todo mundo! Qualquer um está convidado! Venha como você estiver!"
É exatamente este o convite que está sendo feito agora através do evangelho da graça de Deus. Você o aceita do jeito que está, sem pré condições. Aliás, apenas com a condição de se reconhecer incapaz de pagar por isso, e aceitar vestir a roupa que o anfitrião lhe dará nos próximos 3 minutos.