Leitura: João 4:18-20
Vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=HcYGhyiwBDU
Anterior: #149 O pedido
O ateu Karl Marx estava certo ao dizer que a religião é o ópio do povo. O ópio é um potente narcótico que anestesia a dor e impede que a gente perceba que existe um problema em nós. O diálogo de Jesus com a mulher samaritana à beira do poço passou por alguns estágios e ela vinha respondendo bem, até ele levantar a questão de sua vida devassa. Quando colocados diante de nosso pecado, imediatamente apelamos para o ópio da religião na tentativa de anestesiar nossa consciência.
"Senhor, vejo que és profeta", começa ela, numa tentativa de ganhar a simpatia daquele que tudo vê. Ela logo se esquece de seu interesse pela água viva, e se coloca na defensiva. Muda de assunto e passa a falar de religião para desviar o foco de seus pecados. É como se dissesse, "eu tenho uma religião... porque nossos pais adoraram neste monte".
Defender-se é uma característica humana. Adão alegou que a culpa de sua desobediência era da mulher que Deus tinha lhe dado. Eva culpou a serpente. Desde então, quando não estamos culpando alguém por nosso pecado, estamos tentando esconde-lo com a precária tanga feita com as folhas das boas obras do esforço próprio, como fizeram Adão e Eva. Mas Deus precisou matar um animal inocente para com sua pele fazer uma roupa que cobrisse e forma adequada Adão e Eva.
Tentamos fazer o mesmo com a religião, e entenda por "religião" qualquer boa ação ou atividade mística que fazemos na tentativa de sermos aceitos por Deus. O religioso gosta de falar de suas boas ações para se justificar e aplacar a aversão que Deus tem ao pecado. Ele não percebe que isso só pode ser resolvido com o sangue de uma vítima inocente, Jesus, que veio como propiciação por nossos pecados.
"Propiciatório" era o nome da tampa de ouro que cobria a Arca da Aliança do Antigo Testamento. O sacerdote de então precisava sacrificar um animal inocente e entrar no Santo Lugar, o aposento mais interior do Templo, levando uma bacia com o sangue do animal sacrificado. Uma vez lá dentro, ele borrifava o sangue sobre aquela tampa ou propiciatório.
Dentro da Arca havia as tábuas de pedra da lei dadas a Moisés, a mesma lei que nos condena, pois diz para não fazermos aquilo que somos incapazes de evitar, como a cobiça, que é pecar por pensamento. O fato de existir uma tampa de ouro coberta do sangue de uma vítima inocente vedando a arca onde estava essa lei mostra que Deus podia ser propício para com o pecador. Pois agora o sangue de Jesus está colocado entre Deus e as nossas culpas, e é só com base nesse sangue que você pode ser salvo de seus pecados e do juízo divino. Religião nenhuma pode fazer isso.
Do contato de Jesus com a mulher samaritana vimos até aqui como pregar o evangelho e o que é o evangelho. Nos próximos 3 minutos vamos aprender o objetivo de uma alma ser salva por Jesus.
A seguir: #151 Salvos pra quê?