Leitura: João 4:14-18
Vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=KaXdWp28lYI
Anterior: #148 Agua viva
Ao conversar com a mulher samaritana à beira do poço Jesus deixa claro que a água natural obtida com esforço humano para satisfazer as necessidades humanas é efêmera. Seus benefícios duram pouco tempo, não são permanentes. Por outro lado, a água viva que ele oferece se transforma, naquele que a recebe, em uma fonte que jorra para a vida eterna, não apenas para esta vida e suas breves necessidades.
A questão é que a água viva não se obtém por esforço humano, técnicas de meditação ou mudança de atitude. É um dom ou dádiva de Deus e requer, primeiro, que a pessoa reconheça sua incapacidade de obtê-la por si própria e, segundo, que a pessoa não apenas a peça, mas que peça à pessoa certa: Jesus.
E é o que a mulher samaritana faz: "Senhor, dá-me dessa água, para que não mais tenha sede, nem venha aqui tirá-la". Apesar de reconhecer sua necessidade e pedir à pessoa certa, ela ainda continua misturando coisas naturais com espirituais. Ao crer em Jesus você não recebe um poço ou oceano, mas uma fonte de água viva que jorra continuamente. O Espírito Santo de Deus vem habitar em você, algo que só é possível porque Jesus morreu na cruz levando o juízo que você merecia por causa dos seus pecados.
Quando a mulher pede dessa água viva, Jesus revela algo mais. Até aqui você aprendeu que a salvação e as verdadeiras bênçãos espirituais não são obtidas por esforço próprio, que seus benefícios são eternos e não estão limitados às nossas necessidades temporárias, que a fonte legítima dessa salvação e das bênçãos que a acompanham é Jesus, e que você deve pedir a coisa certa à pessoa certa. Embora a mulher tenha consciência de sua necessidade e incapacidade de ajudar-se a si mesma, ainda falta algo: a consciência de pecado.
Por isso Jesus diz a ela para ir chamar o marido, e a mulher responde que não tem marido. Aquele que conhece todas as coisas revela aquilo que ela já sabia: ela teve cinco homens e o atual não é seu marido. Somos todos mulheres com cântaros vazios, mergulhadas no pecado e tentando de tudo para ser feliz. Porém, a cada tentativa só afundamos mais e saímos da experiência com um vazio ainda maior. Ali está ela, tão envergonhada de seu estado que o evangelho diz que é a sexta hora* quando ela vai ao poço. Que importância tem a hora para ter sido registrada aqui?
Buscar água era uma atividade das mulheres, que costumavam ir ao poço cedo de manhã. Mas à sexta hora* não há ninguém ali. Será que ela escolhia aquele horário, quando o lugar estava vazio, por ter vergonha de sua condição? Seja o que for, ela agora está sozinha com Jesus, e é assim que recebemos a salvação, em um encontro pessoal com ele, sem intermediários e distrações. Mas, quando o pecado da mulher vem à tona, ela usa o mesmo argumento que usamos quando confrontados com nosso pecado. Que argumento é este? Você verá nos próximos 3 minutos.
A seguir: #150 O ópio do povo
* Ao contrário do que foi dito no vídeo, trata-se da "sexta hora" e não "seis da tarde". A sexta hora, no modo de contar as horas da época, significa o meio-dia, a hora mais quente do dia. (Nota do Autor)