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Duas mulheres -



http://youtu.be/rMEad0UeKwU

Edição especial de "O Evangelho em 3 Minutos" somente em áudio e com 40 minutos de duração - com Mario Persona.

Duas mulheres

(Transcrição de pregação do evangelho com Mario Persona)

Podemos abrir numa passagem no evangelho de João 3:31-36. "Aquele que vem de cima é sobre todos; aquele que vem da terra é da terra e fala da terra. Aquele que vem do céu é sobre todos. E aquilo que ele viu e ouviu isso testifica; e ninguém aceita o seu testemunho. Aquele que aceitou o seu testemunho, esse confirmou que Deus é verdadeiro. Porque aquele que Deus enviou fala as palavras de Deus; pois não lhe dá Deus o Espírito por medida. O Pai ama o Filho, e todas as coisas entregou nas suas mãos. Aquele que crê no Filho tem a vida eterna; mas aquele que não crê no Filho não verá a vida, mas a ira de Deus sobre ele permanece".


Vivemos numa época privilegiada, temos um privilégio tremendo hoje, tanto aqueles que são cristãos quanto os que ainda não conhecem a Cristo, pois temos o privilégio de poder ler a Bíblia de trás para frente. O que eu quero dizer com isto é que hoje temos a revelação completa de Deus em nossas mãos, ao contrário de um israelita, morando lá no Egito, o qual tinha muito pouco da revelação de Deus. Um israelita já morando na terra prometida tinha algo mais da revelação de Deus no Antigo Testamento, porém não era tudo. Muitas coisas ainda eram sombras, ele não via a realidade. Mesmo um israelita morando nos tempos do Novo Testamento, dos evangelhos, por mais bendita que fosse ter ali a presença de Jesus neste mundo e poder vê-lo passar e pregar, esse israelita ainda não saberia de muitas coisas que só seriam reveladas mais tarde através dos apóstolos, através de revelações dos doze apóstolos e Paulo. E hoje temos isso tudo nas mãos, podemos ler de trás para frente, podemos ir para o Antigo Testamento, porém com as respostas já contidas no Novo Testamento, nas epístolas dos apóstolos.

Recebi um e-mail semana passada que me intrigou bastante, pois falava de um assunto com o qual eu nunca havia me preocupado. Uma pessoa escreveu perguntando algo e acredito que ela tenha escutado uma das pregações que fiz, gravei e publiquei na Internet para as pessoas baixarem. Aparentemente esta pessoa escutou uma pregação na qual eu disse que antes da queda do homem não havia morte; que a morte não existia antes da desobediência de Adão. Ele indagou que, se não havia morte, como foi que os dinossauros morreram. Estas eram duas coisas nas quais eu não tinha parado para pensar: a questão da morte e a questão dos dinossauros. Uma, porque eu nem me preocupava, ou deixava a coisa passar, outra que por curiosidade eu lia uma coisa aqui e outra ali sem me preocupar. Mas a pergunta jogou sobre mim uma espécie de obrigação de entender isso, de aprender sobre isso, até para poder responder a ele e rever muitas coisas. Pois conforme vamos aprendendo mais da Palavra de Deus vão caindo os sofismas e coisas da lógica e pensamento humanos.

Sobre a questão da morte, é muito usado o versículo de Romanos 5:12 que diz que "por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens por isso que todos pecaram". Aí surgiu a indagação: Será que isso inclui os animais ou está falando apenas de homens. Quando vamos ao contexto de Romanos 5 vemos que a passagem está falando de homens, que "a morte passou a todos os homens". Lendo mais e pesquisando algumas coisas escritas por Darby, que viveu na época de Darwin, no século 19, um período de explosão de ideias, não apenas de uma volta a muitas verdades do cristianismo do início, como também, em decorrência disso, ocorreu um ímpeto muito grande de evangelismo em todo o mundo. Todas as histórias de missionários que costumamos ler nos livros foram uma consequência do resgate da verdade da volta iminente do Senhor Jesus para arrebatar a sua igreja, o que estimulou muitos a saírem pelo mundo para pregar o evangelho porque até então a ideia que os cristãos tinham era que Cristo voltaria, mas que antes disso tinha que acontecer tanta coisa, tinha que passar pela grande tribulação, que até a urgência de se pregar o evangelho era deixada para depois. De repente eles ficaram sabendo que o Senhor poderia voltar a qualquer momento e que essas coisas aconteceriam depois da volta de Jesus para arrebatar Sua igreja.

Houve, então, um movimento muito forte de evangelismo por todo mundo. Foi quando surgiram várias missões movidas por Deus, para a China, África, Índia e, paralelamente a tudo isso, houve também um forte movimento das trevas. É nessa época que surgiu também com força, na França, as doutrinas do espiritismo que Alan Kardec importou da Índia e de outras religiões orientais e adaptou para o mundo ocidental. Houve também um forte movimento iniciado por Madame Bladavisk, denominado teosofia, a qual criou muitas doutrinas que vemos hoje nesse movimento de espiritismo, nova era, e esoterismo na sua forma geral.

É interessante ver o que Darby escreveu a respeito da passagem que lemos: "Deus pegou o homem no seu estado mais elevado, Cristo, Deus e Homem, e  o colocou no estado mais baixo que o homem pode chegar, na morte". E Darwin, que foi seu contemporâneo,  pegou o homem num estado muito baixo e tentou ensinar que ele iria evoluir até chegar num estágio muito alto. Coisas completamente diferentes, completamente opostas. Uma tendo a Deus como princípio de todas as coisas, como a revelação de todas as coisas e fazendo toda a obra, e outra colocando no homem e na própria natureza a ênfase de tudo.

E quando voltamos para o Genesis ainda nesse contexto da morte dos dinossauros e coisas assim, vamos ver que isso existiu. Deus criou os céus e a terra, no vers. 1 de Genesis 1,  e depois fala que a terra era sem forma e vazia e que havia trevas na face do abismo, querendo dizer que antes dessas trevas teria existido luz, porque antes de haver essas trevas, de haver o caos nessa criação, existiram animais,  seres vivos e estão aí os fósseis que não deixam dúvidas a esse respeito. Esses fósseis tinham olhos e se eles enxergavam era porque existia luz. Isso nos leva a crer que a partir do versículo 2 de Genesis é uma forma de recriação ou uma criação na realidade de um ambiente propício ao homem.

Como a bíblia não foi escrita para os dinossauros (não tem nada sobre eles, pois não é este o assunto da bíblia), ela também não foi escrita para ser lida pelos anjos. Não tem quase nada sobre os anjos e o pouquíssimo que lemos sobre os anjos na bíblia é o que está relacionado ao homem. Sempre que tem uma relação com o homem, e em Jó, quando fala que os filhos de Deus se alegraram quando viram as coisas, os anjos já existiam nesse momento e se alegravam porque na realidade Deus estava criando as coisas para o homem.

E quando Deus criava todas as coisas ele tinha em vista um Homem porque os desígnios de Deus são eternos e Ele já tinha em mente Cristo, o Seu Filho. Jesus, Deus e Homem, a coroa da criação. Aquilo que Adão não conseguiu ser. E Deus, quando criou o homem e a mulher criou também um jardim para eles e não há informações sobre o que havia fora desse jardim. Nós sabemos que nesse jardim existe o homem, animais, árvores, plantas que são comidas pelos animais (descrito no trecho em Genesis) e existe uma árvore da vida para o homem viver. Deus não informa, então, se havia dinossauros no Éden. E porque Ele não fala vamos crer em Deus que isso não era necessário para nós sabermos sobre isso. Essa informação não seria necessária e porque Deus também não diz aquilo que aconteceu no Éden a não ser aquilo que é necessário para nós hoje. Não sabemos se algum animal morreu lá antes ou se Adão viu a morte de algum animal.

Não sabemos quanto tempo levou entre a criação do homem e sua queda. Pelo jeito foi muito rápido, porque Deus havia dito para Adão e Eva que crescessem e multiplicassem e nem isso fizeram. Foram direto na desobediência daquilo que Deus falou para que não comessem do fruto do bem e do mal. Não era o fruto em si que era o problema, mas a ordem que Deus deu. O mandamento dado é que não deveria ter sido desobedecido. E quando comem do fruto do conhecimento do bem e do mal tendo Deus avisado que eles morreriam, vemos que essa morte é específica do homem, porque ele não é igual aos animais. Estes são seres vivos, assim como são as plantas.

Animais têm uma alma, o que dá a eles os movimentos e até certo nível de inteligência. Da mesma forma, as plantas também vivem e morrem e o Senhor Jesus, dando um exemplo num certo momento, falou que se o grão de trigo caindo na terra não morrer, não dá fruto, e no Éden o grão de trigo caía na terra e morria. Havia assim a morte do grão de trigo no jardim do Éden. Então, as coisas que Deus não disse, são as coisas com as quais não precisamos nos preocupar.

Não que nós devemos nos esconder delas. Não há nada de errado em alguém indagar as coisas de Deus. Nós vemos um homem que indagou muitas coisas, que brigou, discutiu. Esse homem foi Jó. Ele criticou várias coisas que aconteceram com ele, mas sempre fez isso para Deus. Jó discordava para Deus, discutia para Deus, falava para Deus, comentava para Deus, reclamava para Deus. O ímpio fala de Deus, reclama de Deus, critica a Deus. Esta é a grande diferença entre um ímpio e um salvo. Indagar as coisas é ótimo quando buscamos em Deus, na Sua revelação. E como a temos completa naquilo que concerne a nós, aos seres humanos, a Cristo e aos planos de Deus, não há nada de errado nesse tipo de indagação.

Eu me lembro de um exemplo, falando de alguns jovens cristãos em Nova York que iriam se encontrar com outros vindos de outra cidade, e os que já estavam lá sugeriram uma visita a um museu onde havia alguns esqueletos de dinossauro. Os visitantes se recusaram a fazer essa visita porque não acreditavam em dinossauros. Esse tipo de ideia não é cristã, porque as coisas existem e devemos buscar na bíblia aquilo que Deus fala para nós seres humanos. E o que Deus fala? No mesmo relato do Éden vamos encontrar que havia uma mulher e também outra mulher nos evangelhos e o que aconteceu no Éden tem muito a ver com o que aconteceu com essa outra mulher mais tarde. Toda a questão, tanto da queda do homem lá no Éden e sua consequente morte, mostram que a morte do homem é diferente da dos animais.  O homem tem o fôlego divino soprado por Deus. Em nenhum outro animal isso ocorreu. Deus criou plantas e animais, mas não soprou neles. No homem, porém, Deus fez algo diferente e por isso ele é eterno. Tem uma alma que não acaba mais e isso não apenas os que são salvos por Deus, mas os perdidos também.

Ao contrário de muitas religiões que pregam a aniquilação da alma e do espírito dizendo que o que morre acaba. Não! Na história do rico no hades, o lugar dos mortos, ele clama por ajuda, está com sede, em sofrimento e pede que Lázaro, o pobre, o mendigo venha mitigar sua sede e ele está no seio de Abraão. Então os dois estão mortos, mas estão muito vivos no sentido da vida espiritual que eles têm ali. No Éden, em toda essa catástrofe, essa ruína que acontece com o ser humano havia uma mulher, Eva que é mãe de todos os viventes, creio até que o nome dela signifique isso. E ela tem um contraste interessante com Jesus, porque representando todo o ser humano ali ela é o ser humano que quis ser Deus.

O diabo veio na forma de uma serpente, satanás, um anjo caído, que se rebelou  contra Deus e quis seguir seus próprios caminhos, se elevar e enganou Eva. Ele fala que Deus disse para eles não comerem do fruto daquela árvore porque Ele sabia que Adão e Eva iriam se tornar como Deus, conhecedores do bem e do mal. Eva então, quer ser como Deus. Ela não quer ser apenas humana. Acreditou no que a serpente disse porque ela não confiou em Deus. E sua desconfiança a leva a dar ouvidos à serpente e aí está então, um ser humano querendo ser Deus e muito tempo depois vamos encontrar, nos evangelhos, há dois mil anos, Deus não fazendo conta de ser humano.

Em Filipenses diz, que Jesus, sendo em forma de Deus, não se importou em ser homem (não teve por usurpação o ser igual a Deus). Não se apegou ao fato de ser Deus, mas Ele se dispôs a ser homem e não apenas isso, Ele se dispôs a ser servo, a ir até o mais baixo que um homem pode ir: à morte e morte de cruz! E não apenas essa morte, mas ainda levando a culpa sobre Si de todos os pecados do homem. Que caminho inverso! Vemos o homem querendo ser Deus e Deus querendo se fazer homem pelo bem, pelo amor do homem, para  por graça salvar o próprio ser humano que não confiou Nele.

E quando nós vamos atrás do dinossauro e às vezes ficamos decepcionados por não encontrar suas pegadas nas páginas da bíblia, estamos fazendo nada mais do que fez Eva. Estamos desconfiando de que Deus escondeu alguma coisa de nós, por alguma razão e que talvez isso poderia nos beneficiar. E não paramos para pensar que, na realidade, o que Deus queria era justamente mostrar para nós tudo aquilo que tinha para nos trazer bênçãos e benefícios. Tudo o que Ele queria era que a gente soubesse, para mostrar quem Ele é, o que Ele fez por nós, como Ele quis nos salvar e como nos amou.

Lá no Éden, interessante também vermos que a queda do homem acontece sem muita perspectiva para o ser humano. Quando há a queda Deus diz três coisas para três seres. Diz primeiro para satanás que ele seria amaldiçoado por aquilo e depois seria esmagado (como serpente). Satanás tinha vencido, mas Deus não diz isso para Adão, então, aquela não foi a promessa que Deus faz para Adão, como quem tivesse dito: fica tranquilo porque eu vou resolver depois o problema. Não é isso, aquela era uma maldição para satanás.  Para Adão, Deus lança a sentença que o próprio Adão lançou sobre si mesmo, porque para Eva lançou a sentença das dores no parto, dizendo que ela sofreria muito, mas para Adão, quando Deus o procura e pergunta "onde estas?" e questiona o que tinha acontecido, a resposta de Adão foi: "A mulher que Tu me deste, ela me fez comer". Deus diz então: "Porque deste ouvidos à mulher..." Ele é sentenciado naquilo mesmo que ele se acusou: "A mulher que Tu me deste falou para eu comer e eu comi". E Deus disse: "Porque você deu ouvidos a ela que você vai ser castigado.  Para a mulher, porque você comeu do fruto, para o homem porque você deu ouvidos à mulher.

Outra coisa interessante que vemos acontecer lá atrás e que vai ter consequências graves para nós hoje é que Deus não pergunta para Adão o que ele tinha feito, mas pergunta: onde estás, Adão? Não era exatamente o ato dele, mas era onde ele tinha ido parar, a condição na qual estava agora que era o problema. Para Caim que matou o seu próprio irmão Deus perguntou: O que fizeste? Claro que Deus sabia tanto onde Adão estava como o que Caim tinha feito. Quando Deus pergunta não é porque ele quer saber, pois Ele sabe todas as coisas, mas Ele quer que o homem tenha consciência do que aconteceu e Adão sabia exatamente onde ele estava. Estava separado de Deus naquele momento Deus apenas concretiza com a expulsão do jardim do Éden algo que Adão já tinha feito antes. Ele já tinha se separado de Deus, já tinha tomado a decisão de desconfiar, ser independente e ficar longe de Deus e Ele falou: onde estás? E para Caim mata seu irmão e Deus diz: o que você fez?

Hoje nós somos descendentes desse casal, todos nós, e carregamos duas coisas, duas maldições, se podemos dizer assim, duas consequências do pecado. Muita gente pensa que pecador é apenas aquele que faz coisa errada; também é! Deus pergunta para Caim, que fizeste? As coisas que os homens fazem também o colocam na condição de pecador, mas pecador não é só aquele que faz coisa errada. Pecador é aquele que está na posição errada, na condição errada, apartado de Deus... Onde estás? O que fizeste? Estas duas coisas nos colocam hoje na condição de pecadores por natureza e pecadores porque pecamos. Temos uma natureza pecaminosa que é essa que herdamos. Nascemos separados de Deus. Isso acontece com uma criança, um bebê é pecador, mas pode-se perguntar: bebê, o que fizeste? Nada ainda, acabou de nascer, o que poderia ter feito? Mas ele é pecador porque está na condição de Adão e quando o bebê faz o seu primeiro pecado ele também agora tem pecados que são consequências daquela natureza. Na carne, isto é, na nossa velha natureza não existe bem algum e vamos sempre, como consequência, praticar o mal. Não há outra maneira de se sair disso.

Vimos na nossa passagem em João que aquele que aceitou o testemunho daquele que vem do céu, esse confirmou que Deus é verdadeiro. Quando nós aceitamos o testemunho de Deus, que é Sua palavra, mesmo que ela não tenha todos os capítulos do Discovery Channel com todas as coisas que aconteceram com os dinossauros; quando aceitamos o que está na palavra de Deus, no Seu testemunho, nós confirmamos, testificamos que Deus é Verdadeiro. Quando Deus falou para Adão e Eva -- Não comam daquela fruta, se comerem vocês morrão -- e eles não aceitaram o testemunho de Deus, não testificaram que Deus é Verdadeiro, pelo contrário, deram um testemunho de que Deus era mentiroso, que estava escondendo o melhor deles, porque Deus não queria que eles fossem como Ele; que Deus queria deixá-los fora dos Seus planos. Muito pelo contrário, Deus queria muito o bem deles. E hoje nós vemos a história da humanidade, vemos que não deu muito certo esse caminho que o homem tomou. Basta abrirmos o jornal ou ver um noticiário na TV e veremos as consequências do homem pecador. E agora como resolver isso? Como sair dessa confusão toda.

Vamos para outra mulher, esta agora em Lucas capítulo 7, vers. 36:

“E rogou-lhe um dos fariseus que comesse com ele; e, entrando em casa do fariseu, assentou-se à mesa. e eis que uma mulher da cidade, uma pecadora, sabendo que ele estava à mesa em casa do fariseu, levou um vaso de alabastro com unguento; e, estando por detrás, aos seus pés, chorando, começou a regar-lhe os pés com lágrimas, e enxugava-lhos com os cabelos da sua cabeça; e beijava-lhe os pés, e ungia-lhos com o unguento. Quando isto viu o fariseu que o tinha convidado, falava consigo, dizendo: Se este fora profeta, bem saberia quem e qual é a mulher que lhe tocou, pois é uma pecadora. E respondendo, Jesus disse-lhe: Simão, uma coisa tenho a dizer-te. E ele disse: Dize-a, Mestre. Um certo credor tinha dois devedores: um devia-lhe quinhentos dinheiros, e outro cinquenta. E, não tendo eles com que pagar, perdoou-lhes a ambos. Dize, pois, qual deles o amará mais? E Simão, respondendo, disse: Tenho para mim que é aquele a quem mais perdoou. E ele lhe disse: Julgaste bem. E, voltando-se para a mulher, disse a Simão: Vês tu esta mulher? Entrei em tua casa, e não me deste água para os pés; mas esta regou-me os pés com lágrimas, e mos enxugou com os seus cabelos. Não me deste ósculo, mas esta, desde que entrou, não tem cessado de me beijar os pés. Não me ungiste a cabeça com óleo, mas esta ungiu-me os pés com unguento. Por isso te digo que os seus muitos pecados lhe são perdoados, porque muito amou; mas aquele a quem pouco é perdoado pouco ama. E disse-lhe a ela: Os teus pecados te são perdoados. E os que estavam à mesa começaram a dizer entre si: Quem é este, que até perdoa pecados? E disse à mulher: A tua fé te salvou; vai-te em paz”.

No Éden vimos uma mulher sem pecado, sem qualquer mancha de pecado vivendo nas melhores condições que um ser humano poderia viver, sem necessidade, sem tentações no sentido que conhecemos hoje, sem nada, e no entanto essa mulher desconfiou de Deus, duvidou de Deus e caiu em pecado. Aqui em João vemos uma mulher cheia de pecados, considerada uma pecadora, em outras palavras, ela era uma prostituta e tinha tudo para não dar certo; tinha tudo para desconfiar de Deus, tudo para fugir de Jesus, aquele Homem Perfeito que todos viam passar. Ele era um Homem Perfeito, sem pecado, sem mácula, todos os seus atos eram perfeitos em tudo. Ela tinha tudo para ir em direção contrária. Essa mulher vai em direção a Jesus e vai encontrá-lo na casa de homem muito religioso.

Os fariseus eram muito religiosos, eram zelosos das leis de Deus e conheciam o Antigo Testamento, sua leis, seus profetas, muitas coisas, porém, esse homem recebe o Criador, Jesus em forma humana; O recebe como um qualquer, sem nem mesmo dar a ele as regalias, os privilégios ou aquilo que a boa etiqueta e a boa educação dentro de uma casa de judeus exige, que era lavar os pés. Qualquer judeu que entrava na casa de outro, uma deferência, uma honraria que alguém poderia fazer era o dono da casa lavar os pés do outro. Não, ele não faz isso. Ele convidou o Senhor Jesus para comer, provavelmente por curiosidade. Muitos faziam isso, sabemos que até no julgamento de Cristo muitos de seus algozes queriam vê-Lo por curiosidade para saber quem era Aquele de quem tanto falavam. Queria também ver se havia alguma coisa que eles pudessem aproveitar dele. A curiosidade do homem muitas vezes é confundida com fé e fidelidade. Esse homem, provavelmente convidou a Jesus para ir ali por curiosidade e ao invés de fazer qualquer coisa para aquele hóspede, quem faz é uma mulher, uma pecadora, uma prostituta que leva um vaso de alabastro. O alabastro é uma pedra que é polida, esculpida na forma de uma vaso. Já é uma coisa fina, rica. O próprio vaso não era de barro. O alabastro é translúcido e ela vem com isso e com um perfume provavelmente caro. Naquele tempo era uma especiaria cara e ela vai ungir ao Senhor.

"Levou um vaso de alabastro com unguento; e, estando por detrás, aos seus pés, chorando, começou a regar-lhe os pés com lágrimas, e enxugava-lhos com os cabelos da sua cabeça; e beijava-lhe os pés, e ungia-lhos com o unguento." Ela não só lavou os pés de Jesus, ela colocou perfume nos Seus pés. E quando o fariseu vê isso pensa consigo mesmo: "Se este fora profeta... Ele não é profeta coisa nenhuma se ele fosse profeta saberia que essa mulher que O está tocando é uma prostituta, uma mulher cheia de pecados e Ele a está deixando tocá-lo) "  Só que ele estava diante de ninguém mesmo do que Deus feito homem e obviamente Deus conhece o pensamento de todos os homens. "Simão, uma coisa tenho a dizer-te. E ele disse: Dize-a, Mestre" Ele sabia o que o homem estava pensando. E Ele conta, então, uma historinha de dois credores, um que devia 500 dinheiros e outro 50. Nenhum dos dois tinha com o que pagar e são ambos perdoados, qual deles vai amar mais o seu senhor? "Ah, o que foi mais perdoado, responde Simão", sem saber, lançando sobre si mesmo a sentença. O homem sempre se enrola quando tenta conversar com Deus, quando tenta se colocar numa posição diante de Deus que não é a que deveria e que seria aos pés de Jesus mesmo em submissão e sujeição.

E o Senhor Jesus diz a ele: "Essa mulher... quando entrei na sua casa, você não me deu água para os pés e essa mulher regou meus pés com suas lágrimas, enxugou meus pés com seus cabelos. Não me deste ósculo ( que era o cumprimento dos judeus, beijar o rosto do outro), você não me beijou, mas essa mulher desde que entrei não parou de me beijar os pés. Não ungiste minha cabeça com óleo (que era também um costume de colocar azeite na cabeça do convidado), mas essa ungiu meus pés com unguento ( com perfume caro). Por isso lhe digo que os seus muitos pecados estão perdoados".

Não porque ela fez o que fez, e isso é interessante entender: Quando a mulher estava fazendo isso ela tinha certeza dos seus pecados perdoados, “por isso lhe digo: que os seus muitos pecados estão perdoados”. Porque muito amou! como consequência de seus muitos pecados. Foi a comparação que fez... quem amou mais? Aquele que teve poucos pecados perdoados ou o que teve muitos?... Ah o que teve muitos pecados perdoados, esse amou mais. Então, essa mulher, quando ela chegou ali, quando se colocou naquela posição que seria de alguém pronta para receber qualquer castigo de Deus, qualquer juízo de Deus, como alguém reconhecendo seu pecado, conhecendo sua inferioridade, de quanto dependia da graça de Deus, do perdão de Deus porque ela não tinha nada para levar para Cristo. Não tinha nem uma boa obra para apresentar, o currículo dela era de prostituição. Não havia nada nela que pudesse agradar a Deus. Ela está lavando os pés de Jesus, ungindo com unguento, enxugando com seus cabelos em gratidão. Ela está grata, por isso lhe digo que seus muitos pecados estão perdoados, porque muito amou. Aquele a quem pouco é perdoado, pouco ama.

Nós aprendemos da religião que Deus vai nos amar se nós fizermos alguma coisa para Ele. Deus amou o mundo de tal maneira que deu seu Filho Unigênito para que todo aquele que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna. Quando foi que Deus amou ao mundo? Quando foi que Ele deu Seu Filho Unigênito. Quando Ele viu o Seu Filho ser pregado numa cruz por mãos de homens. Quando Ele O viu sozinho ali, quando até os seus discípulos o abandonaram. Ali Deus estava amando o mundo. Ali Deus estava amando como sempre amou ao mundo. Na realidade o Cordeiro de Deus tinha sido preparado antes da fundação do mundo para aquela hora. Então, o amor de Deus nunca foi diferente pelo homem, mas Deus, mesmo naquele momento de trevas, de dor, de sofrimento; de ter que entregar Seu Filho nas mãos de seres humanos, implacáveis, irados contra Deus... Deus amou ao mundo. O próprio Senhor Jesus na cruz intercede por seus algozes... "Pai, perdoa-lhes porque não sabem o que fazem" . Pede por perdão aos seus algozes. Um de seus algozes, um soldado romano, tem que reconhecer que Aquele Homem que estava ali era alguém que não merecia aquilo. O próprio ladrão reconhece isso também. Nós fizemos o mal, mas Esse aqui nenhum mal fez. O Filho de Deus estava morrendo ali na cruz.

Deus amou, Deus amou e hoje quando uma pessoa entende a graça de Deus, quão grande é a graça de Deus, quando entende o tamanho da graça de Deus de ter nos amado de tal maneira que nós não tínhamos nada para fazer para Deus, senão nossos pecados, nossas culpas, nossas artimanhas, nossas bobagens todas. Quando entendemos isso, quando uma pessoa entende isso ela crê, ela vem por fé a Jesus, como essa mulher veio. A fé dessa mulher a trouxe a Cristo. A confiança e a fé, porque a confiança era que ela sabia que Aquele ali poderia salvá-la, Aquele ali não iria condená-la. Ele era o último recurso dela. Onde mais essa mulher iria achar recurso? No fariseu? Na casa do religioso? No templo? Não! Se esse fariseu jamais deixaria  essa mulher tocá-lo porque ela era uma mulher da rua, uma prostituta, mas ela em fé vai a Jesus, porque ele fala "a tua fé te salvou e ela vai a Ele  em confiança de fé.

E se você ainda está perdido, se você ainda não sabe o que vai acontecer daqui para frente na sua vida, se você não sabe o que acontece depois da sua morte, deve ir a Jesus com fé agora para receber Dele as palavras que Ele dá a essa mulher: "Mulher, os teus pecados são perdoados". Não é isso que todo ser humano gostaria de receber? Nós vamos ao médico para tratar de uma enfermidade e a melhor hora é a que ouvimos: “Você está curado, está resolvido seu problema, pode ficar tranquilo que já resolveu tudo”. Não é isso que a gente quer do médico? As pessoas atribuladas vão em busca de ajuda e recebem ajuda profissional, o médico, o dentista, o psicólogo para sua enfermidade. Mas nenhum homem pode dizer o que esse Senhor Jesus disse a essa mulher: “Os teus pecados estão perdoados”. Nenhum homem, nem um padre, nem um pastor, nem um sacerdote pode falar isso para você: “Os teus pecados estão perdoados”. Os próprios judeus numa outra passagem dizem: “Quem é esse que pode perdoar pecados? Só Deus pode perdoar pecados”. Deus... Deus... e nenhum homem pode dizer a vocês também a última palavrinha que fala nessa passagem que Ele diz para a mulher. Às vezes a gente lê com tal rapidez que a gente não percebe: “Vai-te em paz, vai-te em paz”. Esse “vai-te em paz” não é apenas “pode ir tranquila”, não. Essa mulher agora tinha paz com Deus embora a obra de Cristo fosse ser consumada na cruz, onde Ele efetivamente carregou sobre Si os nossos pecados e pagou ali as nossas culpas, mas isso já valia para esta mulher aqui.

Jesus fez a paz do homem com Deus ou de Deus com o homem, melhor dizendo. Quando nós brigamos com alguém da escola, a gente depois de um tempo se arrepende e fazemos as pazes. O que é? Ficamos em paz de novo. Com a queda do homem houve essa ruptura da comunhão do homem com Deus. O homem se afastou de Deus e ele não consegue voltar para Deus, então é preciso Deus vir ao homem na pessoa de Cristo para salvar. Deus fez a paz, Cristo fez a nossa paz. Ele é a nossa paz. Você tem paz? Se você não tem paz, você precisa de Cristo. Você tem a Cristo, você tem a paz, tem o perdão de seus pecados. E se você confia no que Ele diz, aquele que aceitou o Seu testemunho, esse confirmou que Deus é Verdadeiro. Então, você ficará satisfeito com o que você vai encontrar na Bíblia, a Palavra de Deus, ainda que você não ache sobre dinossauros, porque eles não serão importantes na eternidade para você, para sua salvação e sua vida eterna.

Podemos dar graças a Deus.

Nosso Deus e nossa Pai, nós damos graças por essa Pessoa tão bendita que veio ao mundo morrer para nos salvar, para nós libertar, para nos dar uma nova vida, Cristo Jesus. Pai, nós agradecemos por Tua palavra, agradecemos por esse manancial que Tu nos deste. Agradecemos porque Tu nos deste tudo aquilo que necessitávamos para conhecer a verdade. Tu nos proveste, Pai, nos capacitastes a conhecer a Cristo. E é isso que nós precisamos, Pai, é isso que nós agradecemos e pedimos agora, Pai, se porventura alguém aqui ainda não tem o perdão dos seus pecados, a certeza desse perdão. Ainda não tem a certeza de uma paz já consumada, uma paz com Deus. Ainda está em dúvida quanto ao seu destino eterno. Pai, que Tu possas iluminar esse coração agora para que essa pessoa também creia em Jesus como seu Salvador. Aceite a Tua palavra, aceite o testemunho Teu, Pai e do Teu Filho e creia no Salvador e receba hoje mesmo a vida eterna. Pai, nós agradecemos pela Tua palavra aqui, no nome precioso do nosso Senhor e Salvador Jesus, amém!



Mario Persona é palestrante e consultor de comunicação, marketing e desenvolvimento profissional www.mariopersona.com.br. Não possui formação ou título eclesiástico e nem está ligado a alguma denominação religiosa, estando congregado desde 1981 somente ao Nome do Senhor Jesus. Esta mensagem originalmente não contém propaganda. Alguns sistemas de envio de email ou RSS costumam adicionar mensagens publicitárias que podem não expressar a opinião do autor.

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