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#453 Filadelfia



Leitura: Apocalipse 3
Vídeo: http://youtu.be/0F0G5kQg3q0

No final do século 18 a ideia da maioria dos cristãos era de que a igreja seria a continuação de Israel, depois de os judeus terem rejeitado seu Messias e Rei. Sendo assim, as promessas feitas a Israel, que incluíam uma herança terrena e prosperidade material, teriam passado a valer para a igreja. O protestantismo continuava com a mesma estratégia adotada pelo catolicismo de cristianizar o mundo e prepará-lo para a vinda do Rei Jesus. A existência de um clero e o uso de elementos do judaísmo no culto cristão continuou entre os cristãos reformados.

No início do século 19, cristãos de diferentes denominações passaram a examinar “todos os dias as Escrituras, para ver se tudo era assim mesmo”, como tinham feito os bereanos de Atos 17:11. O Espírito Santo abriu o entendimento deles para compreenderem e resgatarem verdades há muito esquecidas, começando com a vocação celestial da igreja. Eles entenderam que as promessas feitas a Israel na antiguidade continuavam a valer para o povo terreno de Deus, enquanto a igreja, um mistério que ficara escondido dos profetas do Antigo Testamento, era algo novo que tinha suas promessas no céu, e não na terra.

Isto implicava, pela primeira vez em séculos, no reconhecimento do povo judeu como herdeiro das promessas e da terra que lhe fora destinada por Deus. Tais ideias batiam de frente com a crença e prática adotadas até então por católicos e protestantes, que historicamente perseguiram, desterraram e mataram judeus. Se você está surpreso de eu incluir o protestantismo nisto, faça uma busca por um texto de Martinho Lutero intitulado “Sobre os judeus e suas mentiras”. O resgate da verdade do lugar de Israel nas promessas de Deus teve desdobramentos significativos, como os milhares de judeus salvos da ocupação nazista por cristãos do sul da França e a própria fundação do estado de Israel em 1948.

Mas a verdade mais importante resgatada no período de Filadélfia foi entender o que é o corpo de Cristo, sua unidade e a ordem devida à casa de Deus. Os irmãos que saíam dos sistemas denominacionais passavam a congregar somente ao nome de Jesus, reconhecendo a unidade do corpo de Cristo e professando que o batismo não podia salvar e nem tornar alguém membro da igreja. A liberdade do Espírito nas reuniões também foi resgatada, só para ser depois adotada e corrompida pelo pentecostalismo que, por sinal, emprestou também outras verdades como a do arrebatamento da igreja, sem, contudo, abrir mão do clero herdado do catolicismo e de elementos do judaísmo, como templos e dízimos.

As verdades resgatadas no período de Filadélfia foram duramente atacadas e rejeitadas pela maioria dos cristãos, porém permanecem até hoje, quando toda a cristandade compartilha do mesmo estado de ruína e abandono encontrado na carta a Laodiceia, a última antes da vinda do Senhor. É disto que falaremos nos próximos 3 minutos.

(Mario Persona é palestrante e consultor de comunicação, marketing e desenvolvimento profissional (www.mariopersona.com.br). Não possui formação ou título eclesiástico e nem está ligado a alguma denominação religiosa, estando congregado desde 1981 somente ao Nome do Senhor Jesus. Esta mensagem originalmente não contém propaganda. Alguns sistemas de envio de email ou RSS costumam adicionar mensagens publicitárias que podem não expressar a opinião do autor.)
Mario Persona é palestrante e consultor de comunicação, marketing e desenvolvimento profissional www.mariopersona.com.br. Não possui formação ou título eclesiástico e nem está ligado a alguma denominação religiosa, estando congregado desde 1981 somente ao Nome do Senhor Jesus. Esta mensagem originalmente não contém propaganda. Alguns sistemas de envio de email ou RSS costumam adicionar mensagens publicitárias que podem não expressar a opinião do autor.

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