Leitura: Lucas 12:8-14
Vídeo: http://youtu.be/T1QX8IGMV1g
Jesus garante aos discípulos que eles estariam plenamente capacitados pelo Espírito Santo para serem testemunhas fiéis de Deus no mundo. “Quando vocês forem levados às sinagogas e diante dos governantes e das autoridades, não se preocupem com a forma pela qual se defenderão, ou com o que dirão, pois naquela hora o Espírito Santo lhes ensinará o que devem dizer” (Lc 12:11-12)
Todavia, o mesmo Espírito que viria capacitar os discípulos aumentaria a culpa daqueles fariseus incrédulos, e neste ponto Jesus fala do pecado sem perdão. “Todo aquele que disser uma palavra contra o Filho do homem será perdoado, mas quem blasfemar contra o Espírito Santo não será perdoado” (Lc 12:10). Os fariseus eram culpados deste pecado porque tinham visto Jesus curar e atribuíram seu poder a Belzebu, e não ao Espírito de Deus. Já vimos isto no capítulo 11 deste Evangelho de Lucas, mas também é citado em Mateus 12.
Hoje é impossível a um crente verdadeiro blasfemar contra o Espírito, apesar de alguns ficarem se torturando com esta ideia. Os Evangelhos associam isto explicitamente ao que os escribas e fariseus fizeram. O simples fato de um crente sentir remorso prova que não cometeu o pecado sem perdão. Um incrédulo que fale mal de Jesus ou rejeite o testemunho do Espírito para convencê-lo de pecado também não está blasfemando contra o Espírito. Até o seu último suspiro o perdão estará disponível para ele, mas se morrer na incredulidade estará perdido, não por blasfemar, mas por ter recusado a dádiva de Deus para salvá-lo. Saulo não só falou mal de Jesus, como perseguiu e entregou à morte seus discípulos. Mesmo assim ele foi perdoado quando creu e transformado por Deus num instrumento de bênção para muitos.
Hoje pregadores perversos usam do argumento da “blasfêmia contra o Espírito” como instrumento de terror para manter o controle sobre seus seguidores. Alguns ameaçam os que querem abandonar suas congregações, alegando que estariam assim virando as costas ao Espírito Santo e, portanto, blasfemando. Movidos pelo medo muitos continuam a obedecê-los cegamente e a sustentá-los com seus bens. Quão diferente é esse modo de agir do amor demonstrado pelo verdadeiro Pastor das ovelhas, que não ameaçou nem mesmo os seus carrascos.
“Quando insultado, não revidava; quando sofria, não fazia ameaças, mas entregava-se àquele que julga com justiça” (1 Pe 2:23). “Ele foi oprimido e afligido, contudo não abriu a sua boca; como um cordeiro foi levado para o matadouro, e como uma ovelha que diante de seus tosquiadores fica calada, ele não abriu a sua boca” (Is 53:7).
Nos próximos 3 minutos Jesus fala justamente de uma característica desses falsos pregadores: a ganância.
(Mario Persona é palestrante e consultor de comunicação, marketing e desenvolvimento profissional (www.mariopersona.com.br). Não possui formação ou título eclesiástico e nem está ligado a alguma denominação religiosa, estando congregado desde 1981 somente ao Nome do Senhor Jesus. Esta mensagem originalmente não contém propaganda. Alguns sistemas de envio de email ou RSS costumam adicionar mensagens publicitárias que podem não expressar a opinião do autor.)