Leitura: Lucas 12:15-21
Vídeo: http://youtu.be/c3qFNm94u3Y
Jesus conta uma parábola: “A terra de certo homem rico produziu muito bem. Ele pensou consigo mesmo: ‘O que [eu] vou fazer? Não tenho onde armazenar minha colheita’. Então disse: ‘Já sei o que [eu] vou fazer. [Eu] vou derrubar os meus celeiros e [eu vou] construir outros maiores, e ali [eu] guardarei toda a minha safra e todos os meus bens. E [eu] direi a mim mesmo: Você tem grande quantidade de bens, armazenados para muitos anos. Descanse, coma, beba e alegre-se’. Contudo, Deus lhe disse: ‘Insensato! Esta mesma noite a sua vida lhe será exigida. Então, quem ficará com o que você preparou?’ Assim acontece com quem guarda para si riquezas, mas não é rico para com Deus” (Lc 12:15-21).
O pronome pessoal “eu”, subentendido como sujeito oculto, revela duas coisas: a pretensão daquele que pensa estar no controle de sua vida e a solidão em que vive o avarento, que é egoísta e só pensa em si. A parábola fala ainda da loucura que é achar que bens materiais possam garantir segurança, e acreditar que a vida resume-se ao nosso tempo na terra. O insensato consulta a si mesmo sobre o que fazer com o que acumulou. Ele exclui Deus de seus planos, esquecendo-se de que todo ser humano tem em sua agenda um compromisso pétreo, isto é, que não pode ser adiado: encontrar-se com Deus. Para ninguém se esquecer disso, Deus repete três vezes na Bíblia: “Diante de mim todo joelho se dobrará e toda língua confessará que sou Deus” (Is 45:23; Rm 14:11; Fp 2:10).
A diferença está em quando você dobra seus joelhos e confessa com sua língua. A Palavra de Deus promete que “se você confessar com a sua boca que Jesus é Senhor e crer em seu coração que Deus o ressuscitou dentre os mortos, será salvo” (Rm 10:9), mas isto só vale enquanto você estiver vivo. Caso contrário será obrigado a dobrar seus joelhos e confessar que Deus é justo quando for levado à presença dele para receber a sentença. Ou você atende ao amoroso convite de Deus, que deseja fazer de você um filho, ou será levado à presença dele como réu e condenado à detenção eterna no lago de fogo. A única coisa em comum entre salvos e perdidos é que a condição em que saem desta vida é a mesma em que permanecerão para sempre. “Caindo a árvore para o sul ou para o norte, no lugar em que a árvore cair, ali ficará”, diz Eclesiastes 11:3.
O homem da parábola tem uma agenda igual à da maioria das pessoas. Tudo o que planeja e armazena é para ter descanso, comida, bebida e lazer. Será esta também a sua agenda? Quantos anos você tem? Quantos anos lhe restam? Se você passou dos 35 já entrou no segundo tempo da expectativa de vida, que no Brasil é de setenta e poucos anos. No segundo tempo você joga cansado e atento ao apito do juiz. Mas talvez você seja jovem e nem se preocupe com isso. Mesmo assim, em cem anos você e todas as pessoas que conhece estarão mortas. Já viu no Facebook o perfil de alguém de sua idade que morreu? É uma sensação estranha, não é mesmo? Parece tão vivo, tantas fotos, tantas festas. Mas está morto. Como a árvore que caiu. “No lugar em que a árvore cair, ali ficará”.
(Mario Persona é palestrante e consultor de comunicação, marketing e desenvolvimento profissional (www.mariopersona.com.br). Não possui formação ou título eclesiástico e nem está ligado a alguma denominação religiosa, estando congregado desde 1981 somente ao Nome do Senhor Jesus. Esta mensagem originalmente não contém propaganda. Alguns sistemas de envio de email ou RSS costumam adicionar mensagens publicitárias que podem não expressar a opinião do autor.)