Leitura: Lucas 12:37-38
Vídeo: http://youtu.be/oIaCF3eWmrg
O capítulo 12 de Lucas nos exorta a vivermos na expectativa da vinda iminente de Jesus, justamente por não sabermos quando será. Ele diz: “Bem-aventurados aqueles servos a quem o senhor, quando vier, os encontre vigilantes... Quer ele venha na segunda vigília, quer na terceira, bem-aventurados serão eles, se assim os achar” (Lc 12:37-38). Em Marcos 13:35 ele fala das quatro vigílias usadas na época: “...à tarde, à meia-noite, ao cantar do galo ou ao amanhecer”. Porém aqui apenas duas são mencionadas, a da “meia-noite” e a do “cantar do galo”, pois o assunto é sua vinda para os seus, e não para o mundo.
A vigília da “meia-noite” é mencionada na parábola das dez virgens, que nos fala da responsabilidade dos que levam o testemunho de Deus na terra, sejam genuínos ou falsos; com ou sem o azeite do Espírito. Mateus 25:6 diz que “À meia-noite, ouviu-se um grito: ‘O noivo se aproxima!’”. Este aviso a todas as virgens foi dado há cerca de duzentos anos, quando muitos cristãos voltaram a pregar que Jesus voltaria a qualquer momento para arrebatar sua Igreja.
A Teologia do Pacto, adotada até então por católicos e protestantes, não tinha qualquer preocupação com a vinda iminente de Jesus. Por considerar a Igreja como a legítima sucessora de Israel, portanto beneficiária das bênçãos terrenas prometidas àquele povo, durante séculos o foco da cristandade esteve em conquistar o mundo para a Igreja e não as pessoas para Cristo. O objetivo era preparar o mundo para Jesus poder vir reinar. Nessa visão não havia lugar para a ideia de Jesus vir buscar sua Igreja a fim de levá-la para o céu.
No século 19 foram restauradas algumas verdades das Escrituras que estavam perdidas sob o entulho de dogmas católicos e protestantes. Uma delas foi a posição singular da Igreja como algo totalmente novo, e não como sucessora de Israel. Ao contrário do Israel terreno, a Igreja teve sua origem no céu com a vinda do Espírito Santo do céu, e estava destinada a ser levada de volta para o céu com a retirada do Espírito deste mundo. Isto foi chamado de arrebatamento da Igreja, ou a vinda de Jesus para encontrar o seu povo nos ares, não no chão.
Portanto a partir do século 19 os cristãos voltaram a esperar por Jesus para tirá-los do mundo, não pela morte, mas no arrebatamento. A redescoberta desta verdade teve efeitos colaterais tanto na evangelização quanto na política mundial. Se Jesus podia voltar a qualquer momento era importante levar o evangelho o mais rápido possível a mais pessoas, e este sentimento impulsionou a evangelização dos povos pagãos. Além disso, o conhecimento de que a Igreja não era sucessora de Israel, e que a antiga nação ainda teria suas promessas realizadas, gerou um movimento em prol da volta dos judeus à sua terra.
Obviamente os que se consideravam “donos da casa” da cristandade não viam com bons olhos estas ideias, e é disto que falaremos nos próximos 3 minutos.
(Mario Persona é palestrante e consultor de comunicação, marketing e desenvolvimento profissional (www.mariopersona.com.br). Não possui formação ou título eclesiástico e nem está ligado a alguma denominação religiosa, estando congregado desde 1981 somente ao Nome do Senhor Jesus. Esta mensagem originalmente não contém propaganda. Alguns sistemas de envio de email ou RSS costumam adicionar mensagens publicitárias que podem não expressar a opinião do autor.)