Leitura: Lucas 22:47-48
Vídeo: https://youtu.be/FdwAWoNWNDM
Enquanto Jesus falava com seus discípulos, “apareceu uma multidão conduzida por Judas, um dos doze. Este se aproximou de Jesus para saudá-lo com um beijo.” (Lc 22:47). Um beijo demonstra afeto, respeito e consideração. É também uma forma de cumprimentar, equivalente ao moderno aperto de mão. Se Judas apontasse o dedo para Jesus revelaria suas intenções. Se apenas o cumprimentasse poderia passar despercebido dos outros discípulos. Mas não de Jesus, que conhecia seu pensamento, desejos e intenções. Por isso Jesus pergunta, em tom de exclamação: “Judas, com um beijo você está traindo o Filho do homem?!” (Lc 22:49).
Judas não sairia ileso daquela tentativa de fingir devoção. E você, é alguém que realmente crê em Cristo como seu Salvador, ou não passa de um que o beija aos domingos? De pessoas assim Jesus falou: “Este povo me honra com os lábios, mas o seu coração está longe de mim. Em vão me adoram; seus ensinamentos não passam de regras ensinadas por homens.” (Mt 15:8-9). Dos que “viram os sinais miraculosos que ele estava realizando e creram em seu nome”, João revelou que “Jesus não se confiava a eles, pois conhecia a todos.” (Jo 2:23-25).
Mas por que Judas precisaria mostrar aos soldados quem era Jesus? Porque, ao contrário das imagens religiosas, ele não tinha olhos azuis, cabelos louros e uma auréola em torno da cabeça. Era igual a qualquer judeu comum de sua época, com olhos e cabelos negros ou castanhos e pele bronzeada. Não se destacava dos discípulos, principalmente à noite. Isaías profetizou de seu aspecto exterior: “Ele não tinha qualquer beleza ou majestade que nos atraísse, nada em sua aparência para que o desejássemos.” (Is 53:2). Tal descrição era condizente com o aspecto exterior do Tabernáculo no deserto, a grande tenda que representava a presença de Deus na terra.
O Tabernáculo tinha quatro coberturas, e quem estivesse dentro veria a mais bela de todas. Assim é hoje para os salvos por Jesus. Enquanto os incrédulos enxergam nele uma pedra comum, que só faz tropeçar, “para vocês, os que creem, esta pedra é preciosa”, escreveu Pedro (1 Pe 2:7). A feia cobertura exterior do Tabernáculo era feita de peles de animais. Algumas traduções falam de texugos, outras trazem golfinhos ou genericamente animais marinhos. Esqueça a ideia de um casaco de visom ou de uma capa de couro brilhante. O Tabernáculo, visto de fora, “não tinha qualquer aparência ou majestade que nos atraísse”. Assim é Jesus para quem não o conhece na sua intimidade: feio e sem graça.
(Mario Persona é palestrante e consultor de comunicação, marketing e desenvolvimento profissional (www.mariopersona.com.br). Não possui formação ou título eclesiástico e nem está ligado a alguma denominação religiosa, estando congregado desde 1981 somente ao Nome do Senhor Jesus. Esta mensagem originalmente não contém propaganda. Alguns sistemas de envio de email ou RSS costumam adicionar mensagens publicitárias que podem não expressar a opinião do autor.)