Leitura: Marcos 3:1-6
Vídeo: https://youtu.be/F-XM6P4GlBI
Qual destes três comportamentos você diria que é a desgraça maior da humanidade: criminalidade, terrorismo ou religiosidade? Criminalidade é uma praga, não há como negar. Porém, exceto nos casos de ódio ou paixão, criminosos podem agir pela fome da falta de emprego, por vagabundagem de quem não quer trabalhar, ou pelo desespero de sustentar um vício. No processo o meliante pode matar, se perder o controle ou tiver um ego maior que sua inteligência e quiser se gabar de ter feito algo que não lhe traz vantagem, mas só aumenta sua pena em caso de prisão.
Já o terrorismo tem razões ideológicas, embora também apele para os instintos naturais de sede de poder, controle e crueldade. A questão é que o terrorismo é relativo, pois só são considerados terroristas os que falharam. Quem se deu bem é chamado de herói, como os fundadores dos Estados Unidos e do atual Estado de Israel, ou os que chegaram ao poder de uma nação já constituída, como no Brasil. Às vezes as razões ideológicas podem se misturar com a religiosidade, que é a terceira opção de desgraça.
Nenhum caso na história, seja de terrorismo, seja de criminalidade, se compara ao nível de maldade da religiosidade. Se você estranha minha afirmação repare que foram os zelosos religiosos judeus que condenaram à morte Jesus, o Filho de Deus. Depois de resistirem à graça de diferentes formas no capítulo 2 do Evangelho de Marcos, eles voltam a atacar neste capítulo 3 com uma aplicação equivocada do Sábado da Lei mosaica. No capítulo anterior Jesus tinha deixado muito claro que “o sábado foi feito por causa do homem, e não o homem por causa do sábado” (Mc 2:27).
Agora nenhum desses zelosos sabatistas está interessado no bem estar do “homem com uma das mãos atrofiada”. Eles buscam “um motivo para acusar Jesus, por isso o observam atentamente, para ver se ele iria curá-lo no sábado” (Mc 3:1-2). Os religiosos judeus conhecem de cor a Lei de Moisés, mas não a “Lei de Cristo”, que em Gálatas 6:2 foi assim enunciada: “Levem os fardos pesados uns dos outros e, assim, cumpram a lei de Cristo”. Diante daquele que, em vida, “tomou sobre si as nossas enfermidades e sobre si levou as nossas doenças” (Mt 8:17), e na morte “levou em seu corpo os nossos pecados sobre o madeiro” (1 Pe 2:24), eles torcem para Jesus fazer o bem a fim de poderem fazer o mal. “O que é permitido fazer no sábado: o bem ou o mal, salvar a vida ou matar?”, pergunta Jesus. Mas eles ficam em silêncio porque sua religiosidade tem outro objetivo: Tramar no Sábado “como poderiam matá-lo” (Mc 3:6).
(Mario Persona é palestrante e consultor de comunicação, marketing e desenvolvimento profissional (www.mariopersona.com.br). Não possui formação ou título eclesiástico e nem está ligado a alguma denominação religiosa, estando congregado desde 1981 somente ao Nome do Senhor Jesus. Esta mensagem originalmente não contém propaganda. Alguns sistemas de envio de email ou RSS costumam adicionar mensagens publicitárias que podem não expressar a opinião do autor.)