Leitura: Marcos 4:1-12
Vídeo: https://youtu.be/ewsw-KCNGp8
Se a rejeição pelos líderes de Israel demonstrou que Jesus podia desistir de encontrar fruto naquela nação, o rompimento com seus familiares indicava que também não iria achar fruto na natureza humana. Então de onde viria fruto para Deus? Do próprio trabalho de Jesus como o Semeador. Assim começa o capítulo 4 de Marcos: “Novamente Jesus começou a ensinar à beira-mar. Reuniu-se ao seu redor uma multidão tão grande que ele teve que entrar num barco e assentar-se nele. O barco estava no mar, enquanto todo o povo ficava na beira da praia. Ele lhes ensinava muitas coisas por parábolas.” (Mc 4:1-2).
Não se impressione com a multidão que é atraída, o que obriga Jesus a usar um barco como púlpito diante de uma praia lotada. Nós bem sabemos que isso não passa de curiosidade humana e do desejo de obter alguma vantagem. Alguns o buscam pela satisfação intelectual obtida com seu ensino, como fazem os teólogos e filósofos modernos. Outros estão interessados em libertação, curas e solução de problemas. Existem ainda os que não perdem um lanche grátis, quando Jesus multiplica pães e peixes. Finalmente, não podemos nos esquecer de um — Judas — que está de olho no dinheiro que a amizade com Jesus pode proporcionar.
Na continuação você encontra Jesus dividindo os seres humanos em duas categorias: os que são de dentro e os que são de fora. Ele faz isso ao explicar aos discípulos a razão de falar por meio de parábolas: “A vocês foi dado o mistério do Reino de Deus, mas aos que estão fora tudo é dito por parábolas, a fim de que, ainda que vejam, não percebam, ainda que ouçam, não entendam; de outro modo, poderiam converter-se e ser perdoados.” (Mc 4:11-12). Por mais politicamente incorreta que você possa achar essa atitude, é melhor se acostumar com o fato de que sempre existirão os que são por Jesus e os que são contra ele.
Se agora as pessoas que enchem a praia parecem estar do lado dele, logo escolherão o lado dos sacerdotes, fariseus, mestres da lei, políticos, soldados romanos e até dos marginais, para lançarem impropérios contra Jesus e exigir que ele seja crucificado. No futuro, após a Igreja — os verdadeiros salvos — ter sido tirada da terra, a grande massa dos que hoje se denominam cristãos, mas nunca nasceram de novo, ficará do lado do anticristo. Unidos como uma falsa “noiva de Cristo”, serão identificados como “Babilônia”, a “Grande Meretriz” de Apocalipse, “embriagada do sangue dos santos, e do sangue das testemunhas de Jesus” (Ap 17:6).
(Mario Persona é palestrante e consultor de comunicação, marketing e desenvolvimento profissional (www.mariopersona.com.br). Não possui formação ou título eclesiástico e nem está ligado a alguma denominação religiosa, estando congregado desde 1981 somente ao Nome do Senhor Jesus. Esta mensagem originalmente não contém propaganda. Alguns sistemas de envio de email ou RSS costumam adicionar mensagens publicitárias que podem não expressar a opinião do autor.)