Leitura: Marcos 6:42-48
Vídeo: https://youtu.be/E7VRwnhX3Is
No episódio anterior vimos que não apenas “todos comeram e ficaram satisfeitos”, mas também que “os discípulos recolheram doze cestos cheios de pedaços de pão e de peixe.” (Mc 6:42-43). Eram doze os discípulos e foram doze os cestos cheios que restaram, mostrando a generosidade de Deus para com aqueles que servem à sua obra.
A cena toda é uma demonstração de como seria Cristo reinando neste mundo e provendo todas as coisas. Mas infelizmente à medida que avançamos no Evangelho percebemos que Jesus vai sendo cada vez mais rejeitado aqui. Por isso a próxima porção tem um caráter profético que é fácil de perceber se estivermos familiarizados com as dispensações e as profecias bíblicas.
“Logo em seguida, Jesus insistiu com os discípulos para que entrassem no barco e fossem adiante dele para Betsaida, enquanto ele despedia a multidão. Tendo-a despedido, subiu a um monte para orar.” (Mc 6:45-46). Da multidão Jesus se despede, mas aos discípulos ele envia, antes de subir a um monte para orar. Há dois mil anos Jesus se despediu deste mundo e subiu ao céu, comissionando antes seus discípulos a levarem a sua Palavra.
Como aconteceu no milagre da multiplicação dos pães e peixes, o poder de multiplicar a Palavra continuaria sendo de Deus durante sua ausência da terra. Mas seus discípulos “não tinham entendido o milagre dos pães” (Mc 6:52), pois diante do vento contrário do mar ficam aflitos, sem perceber que o mesmo Jesus que tinha cuidado de suas necessidades básicas era capaz de cuidar da segurança deles.
Profeticamente, a multidão sem Cristo representa os gentios que existirão na terra após o arrebatamento da Igreja. Jesus no monte orando é uma figura de sua ausência no mundo e presença no céu. Enquanto isso na terra é noite, como atesta a continuação da passagem: “Ao anoitecer, o barco estava no meio do mar, e Jesus se achava sozinho em terra. Ele viu os discípulos remando com dificuldade, porque o vento soprava contra eles.” (Mc 6:47-48). Tudo isso aponta para o período após a Igreja ter sido tirada da terra e Deus levantar aqui um remanescente de judeus que serão vistos “remando com dificuldade” em meio às trevas morais do mundo sem Cristo, enquanto ele, do céu, vela por eles e depois desce do lugar elevado onde se encontra a fim ajudá-los.
(Mario Persona é palestrante e consultor de comunicação, marketing e desenvolvimento profissional (www.mariopersona.com.br). Não possui formação ou título eclesiástico e nem está ligado a alguma denominação religiosa, estando congregado desde 1981 somente ao Nome do Senhor Jesus. Esta mensagem originalmente não contém propaganda. Alguns sistemas de envio de email ou RSS costumam adicionar mensagens publicitárias que podem não expressar a opinião do autor.)