Leitura: Marcos 6:45-56
Vídeo: https://youtu.be/KdA-OnnZuPQ
Você deve ter ficado intrigado com meu comentário do último episódio, que situa a passagem de Marcos 6:45-56 como tendo um caráter profético. Quando lemos os Evangelhos vemos neles Jesus como o cumprimento das profecias sobre Israel e seu Messias. A Igreja é um povo singular e distinto formado a partir do capítulo 2 de Atos, portanto ela não aparece nos Evangelhos, exceto em figuras de algo futuro.
Duas passagens ajudam a entender o ministério de Jesus nos Evangelhos, pois ele próprio explica qual era sua missão primeira: “Eu fui enviado apenas às ovelhas perdidas de Israel” (Mt 15:24). O ministério de seus discípulos também não era amplo e genérico, pois ele lhes ordenou “dirijam-se antes às ovelhas perdidas de Israel” (Mt 10:6).
Muitas outras evidências mostram que seu ministério era reservado a Israel antes da existência da Igreja, que é identificada na Bíblia como a Noiva de Cristo. Veja, por exemplo, o capítulo 12 de Lucas, que fala de vigilância. Tudo ali tem em vista um remanescente judeu que estará passando pela grande tribulação após a Igreja ter sido arrebatada da terra para o céu. Isso fica muito claro nos versículos 35 e 36 de Lucas 12:
“Estejam prontos para servir, e conservem acesas as suas candeias, como aqueles que esperam seu senhor voltar de um banquete de casamento; para que, quando ele chegar e bater, possam abrir-lhe a porta imediatamente.”.
Repare que os servos aguardam seu Senhor voltar de um casamento. Esta é uma clara referência às bodas do Cordeiro, que acontecerão depois que a noiva, a Igreja, tiver sido levada para o céu. O casamento será celebrado e então Jesus voltará para julgar as nações e salvar seus servos judeus, que se converterão em meio a grandes dificuldades nos sete anos entre o arrebatamento e a vinda de Cristo.
Eles deverão vigiar, pois “o Filho do Homem virá numa hora em que não o esperam” (Lc 12:40), uma vinda comparada à do “ladrão”, quando “o dia do Senhor virá como ladrão à noite” (1 Ts 5:2). Mas Paulo tranquiliza os tessalonicenses, pois “o dia do Senhor” não é o arrebatamento, mas quando ele vem sete anos mais tarde para reinar sobre o mundo: “Mas vocês, irmãos, não estão nas trevas, para que esse dia os surpreenda como ladrão. Vocês todos são filhos da luz, filhos do dia. Não somos da noite nem das trevas.” (1 Ts 5:4-5).
(Mario Persona é palestrante e consultor de comunicação, marketing e desenvolvimento profissional (www.mariopersona.com.br). Não possui formação ou título eclesiástico e nem está ligado a alguma denominação religiosa, estando congregado desde 1981 somente ao Nome do Senhor Jesus. Esta mensagem originalmente não contém propaganda. Alguns sistemas de envio de email ou RSS costumam adicionar mensagens publicitárias que podem não expressar a opinião do autor.)