Leitura: Marcos 9:2-6
Vídeo: https://youtu.be/NK04YK4an08
Ao descer do monte, após receber as tábuas de pedra da Lei, Moisés encontrou o povo entregue à idolatria. O juízo de Deus por isso levou ao massacre de três mil pessoas. Após Moisés interagir com o Senhor as pessoas viam que seu rosto “resplandecia. Então, de novo Moisés cobria o rosto com o véu até entrar de novo para falar com o Senhor.” (Êx 34:35). Aquele brilho de sua face não era permanente, mas se desvanecia.
Agora ligue os pontos: Se naquela ocasião Moisés havia subido ao monte e ficado com o rosto resplandecente, como Pedro, Tiago e João podiam interpretar aquilo que agora viam? Tinha o monte, tinha Moisés, e a diferença é que agora era Jesus o resplandecente, “transfigurado diante deles. Suas roupas se tornaram brancas, de um branco resplandecente, como nenhum lavandeiro no mundo seria capaz de branqueá-las.” (Mc 9:2-3). Se o roteiro fosse o mesmo de Êxodo o próximo evento seria um massacre. Entende agora a razão de eles estarem apavorados?
Mais tarde Paulo iria deixar claro que o relacionamento que os discípulos de Cristo teriam com Deus, particularmente após a formação da Igreja, não seria o mesmo que os israelitas tiveram no passado. Paulo diz:
“[Deus] nos capacitou para sermos ministros de uma nova aliança, não da letra, mas do Espírito; pois a letra mata, mas o Espírito vivifica. O ministério que trouxe a morte foi gravado com letras em pedras; mas esse ministério veio com tal glória que os israelitas não podiam fixar os olhos na face de Moisés por causa do resplendor do seu rosto, ainda que desvanecente. Não será o ministério do Espírito ainda muito mais glorioso? Se era glorioso o ministério que trouxe condenação, quanto mais glorioso será o ministério que produz justiça!” (2 Co 3:6-9).
Alguns pregadores ameaçam seus ouvintes com o bordão “a letra mata, mas o Espírito vivifica”, se estes quiserem conferir se pregam de acordo com a Bíblia. São falsos mestres que aconselham seus ouvintes a não ir pelo que está escrito, mas aceitar suas supostas revelações como pão quente saído do forno. A “letra” de que Paulo fala era a Lei, que levava à morte, “porque, aquilo que a lei fora incapaz de fazer por estar enfraquecida pela carne, Deus o fez, enviando seu próprio Filho, à semelhança do homem pecador, como oferta pelo pecado e condenou o pecado na carne.” (Rm 8:3). Meu conselho? Fuja dos que desencorajam você a ler a Bíblia insistindo que o que eles dizem é revelação do Espírito.
(Mario Persona é palestrante e consultor de comunicação, marketing e desenvolvimento profissional (www.mariopersona.com.br). Não possui formação ou título eclesiástico e nem está ligado a alguma denominação religiosa, estando congregado desde 1981 somente ao Nome do Senhor Jesus. Esta mensagem originalmente não contém propaganda. Alguns sistemas de envio de email ou RSS costumam adicionar mensagens publicitárias que podem não expressar a opinião do autor.)